segunda-feira, 28 de abril de 2014

ESCORBUTO

Escorbuto



O que é:

O escorbuto é uma doença causada pela falta grave de vitamina C no organismo que manifesta-se através de sintomas como o sangramento fácil da gengiva ao escovar os dentes e difícil cicatrização. A falta de vitamina C no corpo humano leva ao impedimento da síntese de colágeno e ao aparecimento de doenças que prejudicam o tecido conjuntivo denso e outros tecidos conjuntivo. Além disso, a deficiência dietética de vitamina C pode levar a anemia , gerar feridas na pele, gengivas ulceradas, dentes soltos, etc. 

Sintomas do escorbuto

Adultos:
  • Sangramento fácil da pele e da gengiva;
  • Dificuldade na cicatrização de feridas;
  • Cansaço;
  • Palidez;
  • Perda do apetite;
  • Deformidades e quedas dentárias;
  • Pequenas hemorragias;
  • Dor muscular;
  • Dor nas articulações.
Bebês:
  • Irritabilidade; 
  • Dor nas pernas ao ponto de não querer movimentá-las pode gerar a posição de perna de rã;
  • Perda de apetite/dificuldade em ganhar peso.
Estes sintomas têm início de 3 a 6 meses após a interrupção do consumo dos alimentos ricos em vitamina C e raramente ocorrem em recém nascidos.



Causa do escorbuto

A causa do escorbuto é a falta de vitamina C no organismo. A falta desta vitamina prejudica a formação de colágeno, que sustenta a pele, ligamentos e cartilagens, e de sulfato de condroitina, que juntos geram os sinais e sintomas típicos da doença.  É importante uma alimentação balanceada para que os tecidos conjuntivos possam cumprir suas funções devidamente, pois os seres humanos são incapazes de sintetizar a vitamina C que é necessária não somente para a produção de colágeno, como também contribui na absorção de ferro. O consumo de frutas cítricas diariamente é fundamental e ajuda os fibroblastos trabalharem normalmente sintetizando o colágeno.

Diagnóstico de escorbuto

O diagnóstico do escorbuto é feito após examinar o indivíduo e rever hábitos alimentares. Pode-se comprovar a doença ao observar ao raio-x sinais como osteoporose generalizada, linha escorbútica ou de Fraenkel, sinal do halo ou do anel de Wimberger e zona de trummerfeld. Rosário costal e esporão de Pelkan também podem indicar o escorbuto.

Tratamento do escorbuto

O tratamento para escorbuto é feito com a suplementação de 300 a 500mg de vitamina C por dia. Um bom tratamento caseiro para o escorbuto é aumento da ingestão dealimentos fonte de vitaminas C como acerola, morango, abacaxi, laranja, mão, aipo, pimentão vermelho e outros. Recomenda-se tomar de 90 a 120ml de suco de laranja ou de tomate maduro acabados de fazer, todos os dias, por vários meses.
 
 
 

sábado, 26 de abril de 2014

Osteoporose



       Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.
       Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio e estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas osteoclastos, encarregados de reabsorver áreas envelhecidas, e por osteoblastos, cuja função é produzir ossos novos. Com o tempo, porém, a ação dos osteoclatos e osteoblastos diminuem e como resultado os ossos se tornam mais porosos e perdem resistência. Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia e perdas maiores são próprias da osteoporose.
       Os nossos ossos recebem forte influência do estrogênio, um hormônio feminino, mas que também está presente nos homens, só que em menor quantidade. Esta hormônio ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.  Por este motivo, as mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrogênio caem bruscamente. Com esta queda, os ossos passam a se descalcificar e se tornam mais frágeis. De acordo com estatísticas, a osteoporose afeta um homem para  cada quatro mulheres.



Causas e fatores

-Envelhecimento
-Queda na produção de hormônios;
-Alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;
-Medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
-Sedentarismo;
-Tabagismo, entre outros.



Sintomas
       A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam.
       As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho (osso rádio) e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são:
-Dor ou sensibilidade óssea
-Diminuição de estatura com o passar do tempo
-Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
-Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
-Postura encurvada ou cifótica.


Diagnóstico

       A densitometria óssea por raios X é um exame não invasivo fundamental para o diagnóstico da osteoporose. Ele possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-estabelecidos. Os resultados são classificados em três faixas de densidade decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.
Prevenção
       Como até os 20 anos, 90% do esqueleto humano estão prontos, medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. Para tanto, é preciso pôr em prática três medidas básicas: ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios físicos, Na verdade, essas regras devem ser mantidas durante toda a vida.
Rincipalmente, a atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.

Tratamento
       Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar o que provocou a condição, antes de propor o tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas, diminuir a dor, quando existe, e manter a função.
       Existem várias classes de medicamentos que podem ser utilizadas de acordo com o quadro de cada paciente. São elas: os hormônios sexuais, os bisfosfanatos, grupo que inclui diversas drogas (o mais comum é o alendronato), os modeladores de receptores de estrogênio e a calcitonina de salmão. A administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides está reservada para os casos mais graves de osteoporose, e para os intolerantes aos bisfosfonatos.

Recomendações


Sempre é bom lembrar que:
1) a osteoporose não é problema que atinge só as mulheres. Ela afeta também os homens. Nelas, a causa mais comum é a queda na produção de estrógeno depois da menopausa; neles, o índice da massa corpórea abaixo de 20, a falta ou excesso de exercício, diabetes, hipertireoidismo, doença do glúten, drogas contra a epilepsia ou imunossupressores usados em transplantes de órgão;
2) a dieta diária deve incluir alimentos ricos em cálcio como leite, queijos, iogurtes; o cálcio é um mineral indispensável para garantir a recomposição da estrutura óssea;
3) suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para manter a massa óssea, especialmente nos pacientes cujas dietas são pobres em leite e laticínios, e que apanham pouco sol;
4) caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e, especialmente, exercícios com pesos são fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a osteoporose;
5) os esportes mais indicados para a produção contínua de massa óssea são os que provocam grande tensão muscular. Músculos exercitados e em movimento colaboram para que os ossos fiquem mais fortes e reduzem o risco de quedas e fraturas nas pessoas de idade;

       Portanto o risco de desenvolver a Osteoporose pode ser reduzido, se medidas como uma alimentação rica em cálcio, manutenção de uma atividade física e aporte adequado de Vitamina D foram proporcionados ao longo da vida. Entretanto, é importante salientar que, mesmo com todos estes cuidados, uma parte dos indivíduos vai ter osteoporose, pois a herança genética ainda não pode ser modificada. Mas a boa notícia é que existem tratamentos eficazes, caso você ja tenha a doença. Procure um endocrinologista, que poderá conduzir seu tratamento de maneira adequada e tranquila.


Raquitismo



O que é raquitismo?

Raquitismo é um distúrbio causado pela deficiência de vitamina D, cálcio ou fosfato. Ele causa o amolecimento e o enfraquecimento dos ossos.



                                             

Causas

A vitamina D ajuda o corpo a controlar os níveis de cálcio e fosfato. Se os níveis desses minerais no sangue tornam-se muito baixos, o corpo pode produzir hormônios que causam a retirada de cálcio e fosfato dos ossos. Isso leva a ossos fracos e moles.
A vitamina D é absorvida através de alimentos ou produzida pela pele quando exposta à luz solar. A falta de produção de vitamina D pela pele pode ocorrer em pessoas que:
  • Vivem em climas com pouca exposição à luz solar
  • Precisam ficar em ambientes fechados
  • Trabalham em ambientes fechados durante o dia
Pode haver falta de vitamina D em sua dieta se você:
  • Tem intolerância à lactose (problemas para digerir produtos lácteos)
  • Não bebe leite e derivados
  • Segue uma dieta vegetariana
Bebês que só se alimentam de leite materno podem desenvolver deficiência em vitamina D. O leite materno não fornece as quantidades ideais de vitamina D. Isso pode ser um problema para crianças de pele mais escura nos meses de inverno (quando há menos luz solar).
A falta de cálcio e fósforo na alimentação também pode levar ao raquitismo. O raquitismo causado pela falta desses minerais na alimentação é raro em países desenvolvidos porque cálcio e fósforo são encontrados no leite e nas verduras.
A genética pode aumentar o risco de raquitismo. Ele ocorre quando os rins não são capazes de reter fosfato. O raquitismo também pode ser causado por problemas nos rins ligados à acidose tubular renal.



Exames
Um exame físico identifica sensibilidade ou dor nos ossos, mas não nas articulações ou músculos.
Os seguintes exames podem ajudar no diagnóstico do raquitismo:
  • Gasometria arterial
  • Exames de sangue (cálcio sérico)
  • Biópsia óssea (raramente realizado)
  • Radiografia óssea
  • Fosfatase alcalina sérica
  • Fósforo sérico
Outros exames e procedimentos incluem:
  • Isoenzima da FAL (fosfatase alcalina)
  • Cálcio (ionizado)
  • Hormônio da paratireóide
  • Cálcio urinário

Os sintomas

  • Dentição tardia
  • Diminuição do tônus muscular (perda de força muscular)
  • Defeitos na estrutura dos dentes
  • Buracos no esmalte
  • Aumento das cavidades nos dentes (cáries dentárias)
  • Fraqueza progressiva
  • Crescimento comprometido
  • Aumento da ocorrência de fraturas ósseas
  • Cãibras musculares
  • Baixa estatura (adultos com menos de 1,50 m de altura)
  • Crânio assimétrico
  • Pernas arqueadas
  • Protuberâncias na caixa torácica (rosário raquítico)
  • Esterno projetado para frente (peito de pombo)
  • Deformidades pélvicas
  • Deformidades na coluna (escoliose ou cifose)


Tratamento

Os objetivos do tratamento são aliviar os sintomas e corrigir a causa do problema. A causa deve ser tratada para evitar o retorno da doença.
A reposição do cálcio, do fósforo ou da vitamina D que estão faltando eliminará a maior parte dos sintomas do raquitismo. Fontes de vitamina D incluem peixe, fígado e leite processado. A exposição moderada ao sol é recomendada. Se o raquitismo é causado por um problema metabólico, pode ser preciso uma prescrição para suplementos de vitamina D.
Aparelhos ortopédicos podem ser usados para reduzir ou evitar deformidades. Algumas deformidades ósseas precisam de cirurgia corretiva.

Expectativas


O distúrbio pode ser corrigido repondo a vitamina D e minerais. Os resultados laboratoriais e as radiografias geralmente melhoram depois de uma semana, mas alguns casos podem precisar de doses maiores de minerais e vitamina D.
Se o raquitismo não for corrigido quando a criança ainda estiver em crescimento, as deformidades ósseas e a baixa estatura poderão ser permanentes. Se corrigidas quando a criança é nova, as deformidades ósseas geralmente melhoram ou desaparecem com o tempo.

Complicações possíveis

  • Dor óssea crônica
  • Deformidades ósseas
  • Fraturas ósseas podem ocorrer sem motivo

Prevenção

É possível prevenir o raquitismo verificando se a alimentação da criança é rica suficiente em cálcio, fósforo e vitamina D. Pessoas com distúrbios gastrointestinais ou outros podem precisar tomar suplementos. Consulte o médico do seu filho.
A baixa absorção de vitamina D causada pelos rins (renal) deve ser tratada imediatamente. Pessoas com distúrbios renais devem monitorar regularmente os níveis de cálcio e fósforo.
Consultar um geneticista pode ajudar as pessoas que têm um histórico familiar de distúrbios hereditários que causam raquitismo. 


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Polimiosite e dermatomiosite

A polimiosite é uma doença crônica do tecido conjuntivo caracterizada por inflamação com dor e degenerescência dos músculos; a dermatomiosite é semelhante à polimiosite, mas é acompanhada de inflamação da pele.Estas doenças evoluem até uma incapacidade muscular, fraqueza e deterioração. A debilidade manifesta-se tipicamente nos ombros  mas pode afetar simetricamente os músculos de todo o corpo. A polimiosite e a dermatomiosite manifestam-se quase sempre em adultos entre os 40 e os 60 anos, ou em crianças dos 5 aos 15 anos de idade. As mulheres têm o dobro de probabilidades dos homens de contrair estas doenças. Nos adultos, estas doenças podem aparecer de forma isolada ou fazer parte de outros problemas do tecido conjuntivo, como a doença mista do tecido conjuntivo. A causa é desconhecida, embora seja possível que os vírus ou certas reações auto-imunes desempenhem um papel importante no desenvolvimento deste processo. O cancro também pode desencadear estas doenças (uma reação auto-imune contra o cancro pode também afetar uma substância componente dos músculos). Cerca de 15 % dos homens com mais de 50 anos que sofrem de polimiosite também tem cancro; em contrapartida, as mulheres que têm polimiosite são um pouco menos propensas ao cancro.

Sintomas

Os sintomas da polimiosite são semelhantes em todas as idades, mas a doença, em geral, desenvolve-se de maneira mais abrupta nas crianças do que nos adultos. Os sintomas, que podem começar durante ou imediatamente depois de uma infecção, incluem fraqueza muscular (particularmente nos braços, ancas e coxas), dor articular e muscular, fenômeno de Raynaud, erupção cutânea, dificuldade na deglutição, febre, cansaço e perda de peso. A fraqueza muscular pode começar lentamente ou de maneira repentina e piorar ao longo de algumas semanas ou meses. Dado que os músculos próximos do centro do corpo são os mais afetados, tarefas como levantar os braços acima dos ombros, subir escadas e levantar-se de uma cadeira podem ser difíceis. Se os músculos do pescoço forem afetados, será quase impossível levantar a cabeça da almofada. A fraqueza nos ombros ou nas ancas pode confinar a pessoa a uma cadeira de rodas ou à cama. Os músculos lesados na parte superior do esófago causarão dificuldade para a deglutição dos alimentos e para a regurgitação dos mesmos. Contudo, os músculos das mãos, dos pés e da cara não são afetados. Aparecem dores e inflamação das articulações em quase um terço das pessoas afetadas. A dor e o inchaço tendem a ser ligeiros. O fenômeno de Raynaud manifesta-se com muita frequência nas pessoas que sofrem de polimiosite juntamente com outras doenças do tecido conjuntivo. A polimiosite não afeta, em geral, órgãos internos, exceto a garganta e o esôfago. Contudo, pode afetar os pulmões, causando falta de ar e tosse. Também podem aparecer úlceras do estômago ou do intestino, que podem causar fezes sanguinolentas ou negras, com mais frequência em crianças que em adultos. Na dermatomiosite, as erupções cutâneas tendem a aparecer ao mesmo tempo que os períodos de debilidade motora e outros sintomas. Pode aparecer na cara uma erupção cutânea de cor vermelho-escura (eritema heliotrópico), assim como um inchaço de cor vermelho-púrpura à volta dos olhos. Outro tipo de erupção cutânea, que pode ser escamosa, lisa ou em relevo, pode aparecer em qualquer parte do corpo, embora seja mais frequente nos nós dos dedos. A base das unhas pode ficar avermelhada. Quando as erupções cutâneas se desvanecem, pode-se manifestar uma pigmentação pardacenta, cicatrizes, ou manchas pálidas por despigmentação da pele.


Diagnóstico

Há certos critérios que são utilizados para estabelecer o diagnóstico: fraqueza muscular nos ombros ou nas ancas, erupção cutânea característica, aumento dos valores de certos enzimas musculares no sangue, alterações características no tecido examinado ao microscópio e anomalias na atividade eléctrica dos músculos, o que se mede com um instrumento chamado electro miógrafo. Podem ser necessárias análises especiais sobre amostras do tecido muscular para afastar outras alterações que afetam os músculos. Os exames laboratoriais são úteis, mas não podem identificar a polimiosite ou a dermatomiosite de forma específica. Os valores de certos enzimas musculares no sangue (como a creatinoquinase) são, com frequência, superiores ao normal, indicando uma lesão muscular. Estes enzimas medem-se periodicamente em amostras de sangue para controlar a doença. Em geral, esses valores voltam à normalidade (ou quase) com um tratamento eficaz. Podem ser necessários um exame físico e outros adicionais para determinar a possível presença de um cancro.


Tratamento


A restrição das atividades é útil na maior parte dos casos de inflamação muito intensa. Em geral, um corticosteroide (habitualmente prednisona) administrado por via oral em doses elevadas restabelece lentamente a força, alivia a dor e o edema, controlando desse modo a doença. Ao cabo de 4 a 6 semanas diminui-se a dose de forma gradual, quando os valores no sangue dos enzimas musculares voltarem aos números normais e se restabelecer a força muscular. A maioria dos adultos deve continuar com uma dose baixa de prednisona durante muitos anos, ou inclusive indefinidamente para evitar uma recidiva. No caso das crianças, o tratamento pode ser interrompido um ano depois sem que reapareçam os sintomas. Por vezes, a prednisona piora a doença ou então não surte qualquer efeito. Nestes casos administram-se medicamentos imunossupressores em lugar da prednisona ou além desta. Quando estes medicamentos são ineficazes, deve-se administrar gamaglobulina por via endovenosa (substância que contém grandes quantidades de diversos anticorpos). Quando a polimiosite está associada com um cancro, em geral não responde bem à prednisona. Contudo, o estado do paciente melhora se o cancro for tratado com sucesso. Por outro lado, existe risco de morte para os adultos com doença grave e progressiva, dificuldade na deglutição, desnutrição, pneumonia ou insuficiência respiratória.




 









SÍNDROME DE SJOGREN



É uma desordem autoimune na qual as células imunes atacam e destroem glândulas exócrinas, lacrimais e salivares são os principais afetados pela infiltração linfo-plasmocitária. Outras glândulas exócrinas também podem ser acometidas como o pâncreas, glândulas sudoríparas, glândulas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e uro-genital. 


Causas: 
 A cauda da síndrome de sjogren é desconhecida. Porém, fatores ambientais, como infecções virais prévias ou bacterianas já foram relacionadas como potenciais desencadeadores da resposta imune ao tecido glandular, devido à frequente concomitância em pacientes com SS. Cerca de nove mulheres são acometidas para cada homem, por este motivo, disfunções hormonais parecem fazer parte da fisiopatologia, principalmente as deficiências de andrógenos, estrógeno e de progesterona. Há hiper-reatividade dos linfócitos B, que se convertem em plasmócitos e produzem anticorpos contra antígenos do epitélio dos ácinos e dos ductos das glândulas exócrinas. Linfócitos T supressores também são atingidos, perpetuando a atividade dos linfócitos B ativados e a agressão tecidual. A síndrome ocorre principalmente em mulheres entre 40 e 50 anos. Ela é rara em crianças. 

Sintomas: 
Os sintomas mais característicos são a secura da boca e dos olhos. Adicionalmente poderá haver secura da pele, da mucosa nasal e vaginal. Outros órgão afetados pode ser rins, pulmão, fígado, pâncreas  cérebro e vasos sanguíneo. Sintoma nos olhos: coceira nos olhos, sensação de que algo caiu no olho. Sintomas na boca e na garganta: dificuldade para engolir ou comer, perda do paladar, dificuldade para falar, saliva espessa ou difícil de engolir, feridas ou dor na boca, roquidão. Outros sintomas podem incluir fadiga, febre, alteração de cor nas mãos ou nos pés, dor nas articulações, glândulas inchadas.
 Diagnóstico:
 
Um exame físico revela olhos e boca secos. As feridas na boca podem ser consequência da boca seca.

   Exames:
  • Teste de Schirmer para avaliar a produção de lágrimas
  • Exame de anticorpos antinucleares (ANA)
  • Biópsia da glândula salivar
  • Fator reumatoide (possível)
  • Teste de lágrima
  • Exame dos olhos com lâmpada de fenda
Tratamento:
O objetivo é aliviar os sintomas.
  • Olhos secos podem ser tratados com lágrimas artificiais, unguentos lubrificantes para os olhos ou ciclosoporina líquida.
  • Pequenas obstruções podem ser colocadas nos dutos de drenagem lacrimal para ajudar as lágrimas a se manterem na superfície do olho.
Drogas modificadoras de doenças (DMARDs) similares às usadas para a artrite reumatoide podem melhorar os sintomas da síndrome de Sjogren. Essas drogas inibidoras incluem fator de necrose tumoral (TNF).
Tomar água durante o dia e mascar chiclete sem açúcar podem ajudar a aliviar a secura da boca. Evite medicamentos que possam causar secura de boca, como anti-histamínicos e descongestionantes. Evite álcool.
Converse com seu dentista sobre:
  • Soluções para repor minerais nos dentes
  • Substitutos para a saliva
  • Medicamentos que ajudam as glândulas salivares a produzir mais saliva

Recomendações:
Escovar os dentes ou passar o fio dental frequentemente e visitas regulares ao dentista podem evitar cáries dentárias graves causadas por boca seca.
Os sintomas de artrite são geralmente tratados com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e fisioterapia.